Cooperfrigu promove curso de boas práticas de manejo no transporte de cargas vivas 14 de dezembro de 2017 Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Tocantins (Sescoop/TO), a Cooperfrigu realizou o curso de boas práticas de manejo no transporte de cargas vivas aos motoristas transportadores de gado da cooperativa, nos dias 11 a 13 de novembro. O zootecnista Paulo da Silva Ferraz Netto foi o responsável por instruir os colaboradores. Cuidar da boiada na fazenda para que não se machuque e, também, no caminho até as indústrias frigoríficas, é um dos trabalhos mais importantes na pecuária. Sem essa atenção, as perdas de carne, por contusão, podem colocar por terra o árduo trabalho de cerca de três anos para se criar um bovino. O pecuarista pode sentir no bolso as consequências de um mau manejo do gado. Muitas contusões nos bovinos ocorrem antes dos animais chegarem ao abate, podendo ser decorrente do manejo de pesagem, embarque e transporte, alguns fatores que contribuem para o transporte inadequado de bovinos. Esse manejo inadequado pode provocar prejuízos de até R$ 154 por cabeça de animal. Nesse sentido, o objetivo do curso foi oferecer conhecimentos sobre a melhor forma de conduzir os animais para eles chegarem à indústria frigorífica com o mínimo de hematomas possíveis e com a melhor qualidade de bem-estar animal. Ao contrário do mau manejo, o manejo do gado de forma aplicada e prudente contribui para a qualidade da produção de carnes. “É importante eles terem o entendimento que o transporte tem que ser cuidadoso, cauteloso. Eles devem parar em certos momentos na estrada para ver se não há nenhum animal deitado ou debilitado, que possa vir a ser pisoteado pelos que estão em pé, ou que possam derrubar os que estão em pé criando hematomas que vão causar prejuízos, tanto para o produtor, quanto para a indústria, e, também, para os próprios motoristas”, explicou o zootecnista. Paulo Ferraz elogiou a participação dos colaboradores. “Eles foram muito participativos, questionaram muito, explicaram as situações vividas no dia-a-dia, o que acontece com eles na estrada. Por meio disso, fomos fazendo uma mediação para levar as informações de primeiros socorros, primeiras atitudes a serem tomadas em qualquer situação, por exemplo um bloqueio na pista, uma fiscalização que vai ficar com esses animais muito tempo na estrada”, destacou. Segundo o instrutor, a rápida tomada de decisão em eventuais problemas na estrada é importante para não comprometer o animal. “As informações e a velocidade da tomada de decisão é que vai ser definitivo para essa qualidade da carne, o animal vai chegar com menos estresse possível numa condição de equilíbrio emocional”, finalizou Paulo Ferraz. O encarregado de transportes Salmeron Alves Chaves, da empresa Águia Transportadora, responsável pelos transportes dos animais que vão para a cooperativa, aprovou a metodologia utilizada pelo zootecnista Paulo Ferraz. “Foi bastante dinâmico a forma de transmissão do conteúdo, utilizando inclusive de dinâmicas, onde foi colocado de forma holística toda a cadeia produtiva da carne bovina até chegar ao consumidor final. Isso deu um enfoque maior para atingir o objetivo da formação”, disse. Para o diretor comercial da Cooperfrigu, Tarcizio de Souza Goiabeira, o transporte liga os elos produtivo e industrial e beneficia qualidade ao consumidor final. De acordo com ele, a indústria frigorífica gurupiense é pioneira no Estado do Tocantins quando o assunto é capacitação das pessoas envolvidas no transporte de cargas vivas. “O curso de qualidade de transporte em carga viva é importante porque quando se faz um trabalho bem feito na fazenda e faz um trabalho bem feito na indústria, o transporte liga os elos (o elo produtivo com o industrial). Para uma industrialização da carne com qualidade é necessário que os animais cheguem em boas condições de abate”, enfatizou o diretor. Tarcizio esclareceu que o trabalho de capacitação é feito para melhorar a qualidade dos produtos industrializados na cooperativa, além de transmitir mais conhecimentos aos colaboradores da empresa. “Com esse ambiente de construção do conhecimento, vamos trazer uma carne de melhor qualidade ao consumidor”, concluiu. Por George Henrique – Ascom/Cooperfrigu